FRANCISCA GONZAGA em poema sinfônico

FRANCISCA GONZAGA em poema sinfônico
A compositora e ativista social, Francisca Gonzaga
 
FRANCISCA GONZAGA
em poema sinfônico
 
Por Luiz Carlos Prestes Filho
 
A compositora, arranjadora, maestra e professora Andréa Botelho estreia, dia 23 de agosto na Sala Cecília Meireles, o poema sinfônico "Francisca". Obra que reúne memórias sonoras da compositora conhecida popularmente como Chiquinha Gonzaga.
 

A compositora, maestra e professora Andréa Botelho

Andréa há dezenas de anos estuda os trabalhos da genial compositora brasileira do final do século 19 e início do século 20. Pelas suas mãos passaram todas as partituras daquela que foi abolicionista e feminista em épocas difíceis. Por isso, com conhecimento de causa a maestra afirma que: "Em vida ninguém chamava a  Francisca de Chiquinha. Quem conhece suas partituras originais sabe que ela assinava como Francisca. Temos que devolver o verdadeiro nome".

O poema sinfônico tem dois movimentos que envolve toda a orquestra. Ouvimos fragmentos de sucessos como "Lua Branca", "Corta-Jaca" e "Atraente" numa instrumentação adequada e empolgante. Em certos momentos visualizei obras de grandes compositores nacionalistas do Brasil e do mundo. Que trouxeram a voz do povo para a cena lírica. Nada mais correto. Francisca era do povo e lutava ao lado do povo por transformações sociais profundas.

O poema sinfônico tem dois movimentos que envolve toda a orquestra. Ouvimos fragmentos de sucessos como "Lua Branca", "Corta-Jaca" e "Atraente" numa instrumentação adequada e empolgante. Em certos momentos visualizei obras de grandes compositores nacionalistas do Brasil e do mundo. Que trouxeram a voz do povo para a cena lírica. Nada mais correto. Francisca era do povo e lutava ao lado do povo por transformações sociais profundas. O poema sinfônico passa de um tema musical para outro com muita leveza, sempre demonstrando respeito para com o original. Em nenhum momento Andréa Botelho estabelece conflito entre sua linguagem e a da homenageada.
 

Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro (OSJRJ)
 
Andréa Botelho estará regendo a Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro (OSJRJ), Orquestra Residente da PUC-Rio, que é resultado do programa Ação Social pela Música do Brasil (ASMB). Composta por 55 jovens com idades entre 15 e 24 anos e, em sua grande maioria, residentes de comunidades socioeconomicamente vulneráveis do Rio de Janeiro. Instituição fundada por David Machado.
 
Vale a pena conferir!
 
 
SERVIÇO:
 
23/08/2023 - Sala Cecília Meireles (19:30)
REGÊNCIA: Andréa Botelho
 

SOLISTA: Duda Botelho (contrabaixo)
 
PROGRAMA:
 

Sergei Rachmanninoff

(1) "Vocalise" de Sergei Rachmaninoff;
(2) "Concertino para Contrabaixo op 45" de Lars Erik-Larsson;
(3) "Sinfonia N.o 5 em Dó menor Op. 67" de Ludwig van Beethoven;
(4) Poema Sinfônico "Francisca" de Andréa Botelho
 

Ludwig Van Beethoven

Patrocinadores: 
Puc-Rio; Ibiuna: Adina; SH Oceana.
Realizadores do projeto:
Vivarte e Ação Social pela Música do Brasil.
Agradecimento especial
Fiorella Solares
 
   
 
Luiz Carlos Prestes Filho, diretor e roteirista de filmes documentários, é jornalista e compositor. Membro do Conselho Curador do PEN Clube do Brasil.