Dor nas costas

Dor nas costas

(Tradução de um poema de Rumi a partir da versão em inglês de Coleman Barks)

 

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DOR NAS COSTAS

 

Maomé foi visitar um amigo doente.
Uma gentileza como essa gera mais gentileza,
e não há como saber sobre a proliferação
a partir daí.

 

O homem estava prestes a morrer.
Maomé aproximou sua face e o beijou.

 

Seu amigo começou a reviver.
A visita de Maomé o recriou.
Ele começou a se sentir grato por uma doença
que trouxe tamanha luz.

 

E também pela dor nas costas
que o acorda de noite.

 

Não há necessidade de roncar sem parar como um búfalo
quando tal maravilha anda pelo mundo.

 

Há valores na dor que são difíceis de ver
sem a presença de um convidado.

 

Não reclame do outono.
Ande com o sofrimento como um bom amigo.
Ouça o que ele diz. 

 

Às vezes o frio e o escuro da caverna
nos dão a abertura que mais ansiamos.

 

  

(Traduzido do livro The Essential Rumi)