A Arte por Influência Alienígena – Parte 2

A Arte por Influência Alienígena – Parte 2

Serra da Lua, Monte Alegre/PA – Seres com capacetes luminosos, um em terra e outro flutuando, de cabeça para baixo - Astronautas da pré-história?

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A Arte por Influência Alienígena – Parte 2

Por Fernando Ramalho

Apesar de não ser muito conhecida, a arte neolítica da savana brasileira, conhecida como cerrado, cuja inspiração pitoresca nos leva à duvida se sua origem é terrestre ou extraterrestre, não é uma exclusividade do sítio arqueológico da Pedra do Bisnau. Outra rocha petroglifada muito mais famosa encontra-se no sertão da Paraíba, a Pedra do Ingá.

Pedra do Ingá, localizada no sertão da Paraíba – Petróglifos semelhantes e com a mesma idade dos da Pedra do Bisnau, estimada em no mínimo 6.000 anos. 

Pedra do Ingá, localizada no sertão da Paraíba – Estrelas, discos, objetos estranhos com asas, bolas e espirais semelhantes aos da Pedra do Bisnau.

Tema de muitos estudos arqueológicos, a Pedra do Ingá até hoje não foi de fato decifrada, como propagam alguns historiadores-ufólogos mais alvoroçados. Não teve influência de fenícios, como dizem outros, nem teve seus desenhos em baixo relevo associados a alguma mensagem, pelo menos não pelos cientistas que nela se debruçaram.

Se é que a arte nela esculpida significa algum tipo de linguagem escrita, ou hieróglifo, como por exemplo, os escritos egípcios em alto e baixo relevo encontrados no Vale dos Reis. Tampouco como a escrita cuneiforme suméria e babilônia, desenvolvida na Mesopotâmia e igualmente associada a visita dos seres chamados de “anunnakis” (deuses que desceram dos céus na antiguidade), tidos como alienígenas, na atualidade.

Acima  – A arte escrita em hieróglifos no Vale dos Reis – O dia a dia dos egípcios e seu culto a Hórus, deus do Sol e possuidor do “Olho que Tudo Vê”, filho dos deuses Isis e Osíris. Em Abidos, no Templo do faraó Seti I, encontra-se a arte hieroglífica contendo quatro aeronaves. Todo o panteão egípcio veio das estrelas, tendo como destaque o Cinturão de Órion (Três Marias) e Sirius A e B.

Nesses dois casos, tanto do Egito quanto da Suméria, os hieróglifos além de serem bem mais jovens, com idades de surgimento variando entre 2.500 e 5.000 anos, apresentam poucas semelhanças com os desenhos das pedras do Ingá e do Bisnau. Além do quê, não poderíamos dizer que os primeiros habitantes das Américas, que ocuparam o Planalto Central e as margens do rio Ingá na Paraíba, formassem sociedades tão sofisticadas quanto as que depois habitariam os vales dos rios Nilo, Eufrates e Tigre, respectivamente no norte da África e no Oriente Médio.

Simplesmente porque não há provas arqueológicas disso em nenhum local do Brasil. Ou seja, ao que tudo indica, trata-se de artes e hieróglifos completamente distintos, embora todos eles possuam características bem claras de que algo ou alguém que veio do céu os influenciou artística e culturalmente falando, e que isso muito provavelmente ocorreu no planeta todo em tempos remotos.

Acima – Arte e escrita cuneiforme suméria – Conta a história dos Anunnakis (deuses que desceram do céu), seus artefatos, feitos tecnológicos e biológicos, incluindo a evolução humana até o homo sapiens-sapiens atual, a partir de intervenções genéticas nos primeiros hominídeos.

Vejam bem, estamos falando de evidências artísticas totalmente “fora do seu lugar histórico”, como se refere o arqueólogo alternativo Michael Cremo, em seu livro “Arqueologia Proibida”. Tais evidências, no Brasil, têm suas origens em épocas mais antigas do que, por exemplo, o que a arqueologia entende como era pré-colombiana, nas Américas. Nestas, as representações artísticas mais marcantes estão nas culturas Maia (+/- 2.000 a. C.), Olmeca (1.500 a 400 a. C), Tolteca e Asteca (900 a 1521 d. C.), e Inca (1.400 a 1.533 d. C.); todas elas infestadas de artefatos e desenhos estranhos até mesmo aos seus tempos.

Outro caso tupiniquim bem típico, e que coloca a arte por influência alienígena da era pré-colombiana “no chinelo”, como se diz, em termos de idade apresenta-se bem aqui, embaixo dos nossos narizes, na Amazônia brasileira. Mais especificamente no extenso sítio arqueológico de Monte Alegre/PA. Pesquisas de datações feitas através do carbono 14 revelaram que lá, no conjunto de sítios da região centro-noroeste do Pará, a ocupação humana iniciou-se há 11.200 anos, estendendo-se até a vinda dos colonizadores portugueses.

São vários estilos de desenho, indicando que diferentes habitantes em diferentes épocas desfilaram seus estranhos talentos artísticos. No contexto, os desenhos mais surpreendentes estão representando tanto suas visões nos tempos antigos, quanto nos mais “recentes”, de 500 anos atrás.

Localização de Monte Alegre. Mapa: Laboratório de Análises Espaciais/Museu Paraense Emílio Goeldi (2019).

Caverna da Pedra Pintada, Monte Alegre/PA – Cabeça ovalada com olhos desproporcionais, esculpida e pintada em arenito.

Caverna da Pedra Pintada, Monte Alegre/PA - Que tipo de artefato seria esse, e qual a expressão de quem o usava? Um celular milenar na mão de um usuário insatisfeito?

Serra da Lua, Monte Alegre/PA – Mulheres com saias segurando bolsas de 11.000 anos, ou seres alienígenas com trajes/símbolos triangulares e seus artefatos tecnológicos?

 

Fernando Ramalho é ufólogo