Nenhuma bandeira

Nenhuma bandeira

(Tradução de um poema de Rumi a partir da versão em inglês de Coleman Barks)

 

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Eu costumava querer compradores para as minhas palavras.

Agora eu gostaria que alguém comprasse minha liberdade do jugo das palavras.

 

Fiz diversas imagens profundamente charmosas,

cenas com Abraão, e com o pai de Abraão, Azar,

também famoso por suas imagens.

 

Estou tão cansado do que andei fazendo.

 

Até que uma imagem sem forma surgiu,

e eu desisti.

 

Procure outra pessoa pra cuidar da loja.

Estou fora do negócio de produção de imagens.

 

Finalmente conheço a liberdade

da loucura.

 

Uma imagem aleatória surge. Eu grito:

“sai fora!”, ela se desintegra.

 

Só o amor.

Só o mastro que prende a bandeira,

e vento. Nenhuma bandeira.

 

 

(Traduzido do livro The Essential Rumi, de Coleman Barks)