Festival Internacional de Solidariedade Anti-Colonial

Cidade de Nizhny Novgorod
Festival Internacional de Solidariedade Anti-Colonial dos Trabalhadores da Cultura
Международный Фестиваль Антиколониальной Солидарности Деятелей Культуры
“UNIDADOS SOMOS FORTES” - «ЕДИНСТВОМ СИЛЬНЫ»
Cidade de Nizhny Novgorod e Estado de Nizhny Novgorod
Federação da Rússia
PROJETO DO FESTIVAL
Um dos fenómenos mais terríveis e vergonhosos da história mundial foi o sistema colonial, que, desde a primeira metade do século XVI, foi difundido por vários Estados da Europa Ocidental na maior parte do mundo e existiu de forma real até meados do século XX, o que levou à destruição de antigas civilizações originais. Acompanhada do genocídio de raças e povos inteiros, da pilhagem dos seus recursos naturais e do seu património material e artístico, da escravidão de dezenas de milhões de habitantes do continente africano, do desencadeamento de centenas de guerras em todo o planeta e da revelação ao mundo de milhares de exemplos de incomparável violência contra o ser humano. É impossível imaginar quantas centenas de milhões de pessoas, em todos os continentes, foram destruídas pelos europeus ocidentais “civilizados” nas guerras coloniais que desencadearam e ainda morrem de fome e de doença em resultado das suas políticas “iluministas”. A exploração brutal dos territórios conquistados e dos povos escravizados tornou-se a base do desenvolvimento acelerado e da prosperidade dos países da Europa Ocidental e dos Estados Unidos da América (EUA). Raramente houve um país na Europa Ocidental que não tivesse o seu próprio império colonial - Grã-Bretanha, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Itália, Países Baixos, Bélgica, Dinamarca, Suécia - toda a “flor” da civilização ocidental, tão orgulhosa da sua “herança humanista” e da defesa dos direitos humanos. Com segurança podemos dizer que o sistema colonial tem sido um fator importante na afirmação do domínio ocidental sobre o mundo durante os últimos 500 anos da história da humanidade.
8 de outubro - Dia do Guerrilheiro
A história do colonialismo ocidental é, ao mesmo tempo, a história do movimento anti-colonial. Quase desde as primeiras tentativas dos colonizadores ocidentais para estabelecerem o seu domínio, os povos do mundo ergueram-se para lutar pela sua liberdade e independência. Mesmo que essa luta tenha sido desigual, mas nomes como Cuauhtémoc (herói nacional do México, o primeiro a erguer a bandeira da luta contra os colonizadores espanhóis); Toussaint Louverture (líder da revolta dos escravos contra o domínio francês no Haiti); Aimberê (primeiro herói do Brasil, líder da Confederação dos Tamoios no Rio de Janeiro); Tiradentes (líder do destacado movimento pela independência do Brasil); Francisco Miranda, Simon Bolívar, José San Martín (todos eles libertadores dos povos da América do Sul da opressão colonial espanhola), Luiz Carlos Prestes (Comandante da Coluna Prestes, o Cavaleiro da Esperança, Brasil); Lakshmi Bai (heroína nacional da Índia, lutadora contra os colonizadores britânicos). Todos tornaram-se exemplo para os povos das colónias que se levantaram na luta pela libertação nacional, no século XX.
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra realizam homenagem a Coluna Prestes
O nosso país - a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), hoje Rússia - desempenhou papel decisivo na consolidação e motivação do surgimento do movimento de libertação nacional dos povos do mundo contra o colonialismo no século XX. Na maioria dos casos, este papel foi decisivo. Foi o nosso país que defendeu consistentemente os direitos dos povos à independência. Primeiro, na Liga das Nações e depois na Organização das Nações Unidas (ONU). Graças à União Soviética, foram adotadas dezenas de resoluções do Conselho de Segurança da ONU condenando manifestações de interesse colonial e de apoio à luta de povos colonizados. A URSS prestou ajuda financeira substancial a vários movimentos de libertação nacional, forneceu armas aos combatentes pela independência e, em muitos casos, enviou voluntários para participarem diretamente das guerras anticoloniais pela liberdade dos povos da África, Ásia e América Latina. Foi o caso do Egito, Angola, Moçambique, Coreia do Norte, China, Vietnã, Cuba e outros países. Como resultado, graças ao amplo movimento de libertação nacional dos povos do mundo e ao apoio da União Soviética a esse movimento, em meados da década de 1970 o sistema colonial deixou de existir como fenômeno da política mundial e desapareceu do mapa político mundial. Mas os instintos coloniais dos “iluministas da humanidade” ocidentais não desapareceram. Incapaz de conquistar países e povos através da violência militar direta, o Ocidente recorreu a métodos mais sofisticados, mas não menos violentos, para oprimir os povos e manter o seu domínio sobre regiões inteiras do mundo. Através de pressões políticas e, sobretudo, econômicas sobre Estados independentes, jovens e fracos, por vezes recorrendo à manutenção direta de regimes obedientes e ao suborno dos seus dirigentes, o Ocidente estabeleceu um sistema de “novo colonialismo” ou neocolonialismo, que se tornou um contrapeso à política da União Soviética e de outros países que procuravam afirmar de forma consistente a sua soberania.
Teatro de Nizhny Novgorod
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O papel decisivo da nossa Pátria no desmantelamento do sistema colonial mundial no século XX provocou ódio absoluto entre as elites ocidentais, especialmente as anglo-saxónicas, e contribuiu de muitas maneiras para a formação da sua visão anti-russa (em termos políticos) e russofóbica (em termos culturais) da Rússia moderna e da sua política na atual fase do desenvolvimento mundial. |
O colapso da URSS, o enfraquecimento temporário do nosso país e a perda da sua posição na cena mundial levaram as elites ocidentais, que sentiam nostalgia da “Idade de Ouro Colonial” e não se livraram dos seus complexos “messiânicos”, a ter um sentimento de permissividade e um desejo de “vingança histórica” contra os povos amantes da liberdade do mundo. Acreditando na emergente “unipolaridade” e tirando partido da sua impunidade, o Ocidente, na virada dos séculos XX e XXI, reaviva o princípio do direito do mais forte e avança para métodos de subjugação militar de países e povos desobedientes à sua vontade. As agressões do Ocidente coletivo liderado pelos EUA contra a Sérvia, o Iraque, o Afeganistão, a Líbia e a Síria tornaram-se guerras coloniais. Além disso, estas guerras tiveram um acentuado carácter anti-civilizatório, quando os monumentos do património material e espiritual desses povos, que constituíam a sua herança histórica e cultural, foram destruídos. Foi o caso do mais antigo complexo arquitetônico e museológico da antiga Babilónia, completamente saqueado pelos “civilizadores” ocidentais; das antigas igrejas e mosteiros ortodoxos do Kosovo e Metohija, destruídos ou queimados; das cidades antigas e únicas de Leptis Magna e Sabratha, na Líbia, sujeitas a bombardeamentos impiedosos por aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Estes exemplos não são ocasionais. Os globalistas ocidentais compreendem perfeitamente que a alma de cada nação, a sua força, incluindo a força para resistir, reside na sua autoconsciência. Autoconsciência que é, antes de mais nada, a consciência que o povo tem do pertencimento à sua cultura, orgulho de sua história e das suas tradições, que se estabelecem material e espiritualmente.
LIBERDADE PARA OS POVOS DA ÁFRICA (cartaz da União Soviética)
Nós, os cidadãos da Rússia, sabemos disso. Afinal de contas, muito do nosso patrimônio cultural foi transformado em pó pelos nazistas que invadiram a nossa terra sagrada durante a Segunda Guerra Mundial. Antigos templos das cidades de Novgorod e Pskov foram destruídos; palácios de Peterhof e Pavlovsk foram queimados; museus e bibliotecas de cidades russas saqueados. Tudo isto é uma escrita familiar dos “humanistas” ocidentais. Nada mudou nos nossos dias, quando começou a nova cruzada do Ocidente contra o resto do mundo. Hoje, quando a Rússia é novamente a primeira a levantar-se contra o novo colonialismo e defende não só a sua soberania, mas também os direitos à liberdade e à independência de todos os países do mundo, é importante compreender o que todos nós defendemos quando falamos da nossa soberania.
As correntes opressoras estão sendo arrebentadas - reflexo da revolução russa
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Estamos defendendo não só o nosso território e os nossos recursos, mas sobretudo a nossa língua e, portanto, a nossa literatura e a nossa música; a nossa fé e, portanto, os nossos templos e mosteiros (cristãos, muçulmanos, budistas, etc.); os nossos costumes e tradições e, portanto, o nosso modo de vida. No final das contas, tudo isto junto é a nossa cultura russa multinacional e única. |
Por isso, temos que unir os trabalhadores da cultura de diferentes povos e países, aqueles para quem a palavra soberania não é algo sem importância, mas a base da existência histórica. A unidade dos trabalhadores da cultura manifesta-se na sua solidariedade. Por isso, propomos este projeto e convidamos personalidades de diferentes países para a grande e antiga cidade russa de Nizhny Novgorod, onde os nossos antepassados se reuniram para repelir os civilizadores estrangeiros que saquearam e profanaram as nossas cidades e templos antigos. Logradouro de onde partiu a campanha para a libertação da Pátria e o renascimento da nossa soberania. Estamos decididos a dizer a todos os colonizadores do passado e do presente que os trabalhadores da cultura de diferentes países do mundo estão unidos na luta anticolonial, na luta pelo direito de sermos como somos. Nesta luta UNIDOS SOMOS FORTES!
Conceito criativo do projeto
A ordem mundial multipolar, baseada nos princípios da igualdade e da soberania de todos os povos da Terra, proposta à comunidade mundial e ativamente defendida pela Rússia, é o formato mais justo de coexistência da humanidade na atualidade. Assegura o desenvolvimento progressivo pacífico de todos os países do mundo com base na boa vizinhança e parceria. A soberania dos povos, que o movimento anti-colonial do mundo moderno tem por objetivo, estabelecer, defender e oferecer garantias de uma ordem mundial justa. As recentes reivindicações, do Presidente dos EUA relativamente ao Canadá, à Groenlândia e ao Canal do Panamá, prova que temos que lutar muito contra o neocolonialismo. A vitória ainda está longe de ser alcançada. No entanto, o êxito da Rússia, na Operação Militar Especial, na qual o nosso país enfrenta o grupo mais agressivo de novos colonizadores ocidentais, liderado pelos Estados Unidos, contribuirá certamente para a transição pacífica da comunidade mundial. Será a volta para os trilhos da multipolaridade. Assim, a Rússia e o seu povo multinacional continuam na primeira fila dos combatentes contra o neocolonialismo e o imperialismo mundiais e, sobretudo, a sua vanguarda anglo-saxónica. A solidariedade com a Rússia por parte da maioria da humanidade amante da liberdade, e do seu grupo avançado, os países BRICS, demonstra que estamos do lado certo da história. Esta unidade prova que a VERDADE está do nosso lado!
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O povo unido jamais será vencido! Estas palavras da famosa canção dos combatentes chilenos contra o colonialismo e o imperialismo tornaram-se a palavra de ordem de todo o movimento anticolonial do mundo moderno. Não é por acaso que a canção “El pueblo unido, jamás será vencido” soará como um hino anticolonial internacional nos eventos do projeto. |
O povo unido jamais será vencido! Estas palavras da famosa canção dos combatentes chilenos contra o colonialismo e o imperialismo tornaram-se a palavra de ordem de todo o movimento anticolonial do mundo moderno. Não é por acaso que a canção “El pueblo unido, jamás será vencido” soará como um hino anticolonial internacional nos eventos do projeto. O festival terá um conjunto de diferentes formatos de atuações na cidade de Nizhny Novgorod e nas cidades do Estado de Nizhny Novgorod. Importantes artistas, músicos, bailarinos, artistas, escritores e grupos criativos russos e estrangeiros, de países cuja história inclui a luta contra a opressão colonial do “Ocidente civilizado”, estarão marcando presença. Estas atuações assumirão a forma de concertos, flash mobs, encontros criativos com o público. Ocorrerão eventos beneficentes para os veteranos da Segunda Guerra Mundial, membros das Forças Armadas da Rússia e participantes da Operação Militar Especial sob o lema geral: “O povo unido jamais será vencido!” Estes eventos têm como objetivo não só apresentar ao público russo a diversidade de culturas dos povos destes países, mas também sublinhar a sua unidade na luta contra o neocolonialismo moderno, luta pela soberania e independência
Exército Vermelho venceu a Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial
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No âmbito do festival, será dada especial importância à mesa redonda para jovens com a participação de historiadores russos e estrangeiros, cientistas políticos e figuras públicas de diferentes países do mundo, incluindo o Brasil, Grã-Bretanha, Índia, Irã, Iêmen, China, Sérvia e outros. O tema previsto para a mesa redonda é “O papel dos jovens trabalhadores culturais no reforço da solidariedade dos povos do mundo na luta pela liberdade e soberania”. |
Está prevista a organização de numerosas exposições, master classes dos participantes do festival em escolas de música e escolas de arte de Nizhny Novgorod. Também, de outras cidades da região, a partir do tema: “Arte Popular dos Povos Livres”.
Público-alvo do projeto e sua singularidade
De acordo com a ideia dos organizadores do festival, o evento será dirigido, em primeiro lugar, ao público jovem dos nossos compatriotas - jovens trabalhadores, criativos, estudantes, soldados das Forças Armadas da Federação Russa, participantes das Forças de Defesa Nacional. Aqueles que se preocuparão mais tarde com a proteção e prosperidade da Pátria, que construirão relações com os países do mundo, através de uma coexistência pacífica e amigável. A participação no festival de artistas estrangeiros de vários países da Ásia, África e América Latina deverá, segundo os organizadores, dar início a um processo direto de entendimento mútuo, cooperação e solidariedade entre milhares de jovens russos e seus coetâneos, representantes de povos que passaram, e que por vezes ainda estão a passar, por todos os horrores do colonialismo e do neocolonialismo.
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A participação de jovens artistas, músicos, intérpretes e dançarinos russos em atuações conjuntas com os seus colegas estrangeiros nos eventos do festival - concertos, master classes, flash mobs, etc. - será certamente uma experiência memorável. Definirá pontos de vista, princípios e crenças, e tornar-se-á uma espécie de escola de fraternidade e amizade. Nos encontros de jovens no âmbito do festival, sob a forma de mesa redonda, debaterão a história do movimento de libertação nacional e anti-colonial dos povos do mundo, as suas peculiaridades e tarefas urgentes. |
A singularidade do projeto reside no fato de que, pela primeira vez na história moderna da Rússia, será realizado um projeto com a seguinte orientação social e cultural: Solidariedade Internacional ANTI-COLONIAL dos trabalhadores da cultura.
Cidade de Nizhny Novgorod
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Participantes: Trabalhadores da cultura, cientistas, figuras públicas e representantes de vários géneros artísticos. Países que viveram a opressão do colonialismo ou que continuam sob a pressão da política neocolonial das potências ocidentais marcarão presença, bem como representantes de países ocidentais, que denunciam com suas atividades e obras o sistema de opressão colonial. Brasil, Panamá, Indonésia, China, Iémen, Irã, África do Sul, Grã-Bretanha e outros confirmaram a presença. No total são mais de 35 destaques de grupos e personalidades. A Federação da Rússia estará representada no festival por artistas e grupos criativos de Nizhny Novgorod e do Estado de Nizhny Novgorod. |
Quando vai acontecer: de 31 de outubro até 4 de novembro de 2025
Local: cidade de Nizhny Novgorod e Estado de Nizhny Novgorod
Organizadores do projeto: Ministério da Cultura do Estado de Nizhny Novgorod (Министерство культуры Нижегородской области)
ANO - “Sociedade Municipal de Arte e Literatura” - АНО «Городское Общество Искусства и Литературы» (ГОИЛ)