Helô Tenório - cantora, compositora, pianista e educadora musical
Helô Tenório cantando Carmem Miranda
Em entrevista exclusiva para Luiz Carlos Prestes Filho a cantora, compositora, pianista e educadora musical, Helô Tenório, diz que: "Compor pra mim, começou como uma das brincadeiras de infância e ainda está presente em tudo que faço". A artista que transita entre a música popular e a clássica, afirma que prefere o caminho do meio: "O mercado ao mesmo tempo que te exige ser tudo, também gosta de rotular... 'nichar' artistas." Com experiênias profissionais vividas na Itália e nos Estados Unidos, Helô Tenório tem sólida trajetória acadêmica: "Eu gosto muito de estudar, de pesquisar e isso farei até o dia que eu morrer. Porém não sei se necessariamente vinculada ao meio acadêmico... Cada vez mais me questiono se essa é a única forma de desenvolver um conhecimento e de aprender."
Helô Tenório hoje e aos quatro anos
Luiz Carlos Prestes Filho: Você é cantora, compositora, pianista e educadora musical. Como começou sua trajetória?
Prestes Filho: Qual foi a sua primeira composição? Você ainda apresenta ela em seus shows?
Helô Tenório: Sinceramente não me recordo qual foi minha primeira, pois foram tantas...
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Compor pra mim, começou como uma das minhas brincadeiras de infância, e está presente em tudo que eu faço. No caso dos shows, penso de forma temática de acordo com o projeto que estou envolvida naquele momento. |
Helô Tenório e Francesco Centarrì
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Neste contexto, conheci Francesco Centarrì, um outro cantor que estava fazendo o curso e que virou meu parceiro e grande amigo de pesquisas, que me convidou para lecionar na cidade dele na região da Sicilia, ao sul da Itália. Depois ao nosso time, se somou o Maestro Daniele Scirè, e desde 2016, procuramos realizar todo ano uma edição do curso. A próxima está prevista para junho de 2024 na Itália. |
Prestes Filho: Seus estudos nos EUA foram mais importantes para a Helô Tenório musista ou compositora?
Helô Tenório em o show de finalização de curso no Teatro Comunale de Carlentini, Itália
Álbum "Juntos"
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O Mercado ao mesmo tempo que te exige ser tudo, também gosta de rotular "nichar" artistas. Realmente assumir esse caminho do meio, me deu mais paz e plenitude artística. Claro que é um desafio, e tem épocas que pendo mais para um lado ou para o outro. |
Pina Messina, Daniele Scirè, Helô Tenónio, Francesco Centarrí e Giuseppe Centarri - Itália, 2023
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Sem dúvidas, Carmen Miranda foi uma artista muito à frente de seu tempo, e pagou um preço alto por isso, e ao mesmo tempo abriu muitos caminhos para as que vieram depois dela, principalmente no quesito de ter uma carreira internacional. Carmen Miranda continua muito atual, e a nível internacional, é ainda um grande símbolo da nossa brasilidade. Como intérprete, eu amei participar desse trabalho, e tenho ainda o intuito de desenvolver mais esse repertório em projetos futuros. |
Prestes Filho: Você gravou três álbuns com suas composições. O mercado respondeu? Você teve retorno financeiro e de mídia? Realizou apresentações ao vivo destes trabalhos?
Helô Tenório interpreta Carmem Miranda
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Trabalho muito cantando e tocando em eventos corporativos, mas das músicas consagradas dos outros. Sinto que o povo brasileiro de uma forma geral, é muito resistente a novidades, ou a aquilo que não esteja na grande mídia. |
Helô Tenório: Eu gosto muito de estudar, de pesquisar e isso farei até o dia que eu morrer. Porém não sei se necessariamente vinculada ao meio acadêmico... Cada vez mais me questiono se essa é a única forma de desenvolver um conhecimento e de aprender... Vivi tantas experiências não acadêmicas que foram muito mais contundentes para minha vida, que hoje estou compreendendo quais serão os próximos passos nesse sentido.
Caderno de exercícios vocais de autoria de Helô Tenório
Prestes Filho: Você atua no sindicato dos músicos ou no de compositores? Qual é a sua sociedade autoral? Você confirma que sua sociedade autoral e editora com competência defendem seus direitos autorais?“ |
Helô Tenório: Sim, sou filiada a UBC e faço meus lançamentos às vezes meus lançamentos de forma 100% independente, ou vezes através de algum selo/editora que me ofereça uma condição legal.. Porém no fim das contas não posso dizer que me sinto defendida, pois não acredito ter feito nenhum trabalho com essa magnitude para poder afirmar isso. Acredito que isso sirva para artistas já bem divulgados e reconhecidos, que tem um grande fluxo de reproduções de suas obras. |